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Dia Internacional de Prevenção às Lesões por Esforços Repetitivos

O afastamento do trabalho por até 15 dias é uma das consequências das lesões por esforço repetitivo e distúrbio osteomuscular relacionado ao trabalho (LER/DORT). A doença ocupacional, cujo Dia Internacional de Prevenção é lembrado nesta quinta-feira, 28. Atinge trabalhadores de diversos setores em todo o mundo. No Brasil, dados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) revelam que as LER são responsáveis por 11% de todo o universo de benefícios acidentários liberados pela previdência social em 2017, sendo fraturas de perna e tornozelo, punho e mão estão as segunda e terceira maior causa de afastamento.

Analisando exclusivamente os benefícios concedidos por adoecimento em função do trabalho. Números do INSS mostram que 15% das causas de afastamentos se enquadraram nos seguintes quadros: lesão no ombro, sinovite (inflamação em uma articulação), tenossinovite (inflamação ou infecção na bainha que cobre o tendão) e mononeuropatia dos membros superiores (lesão no nervo periférico). Outro levantamento sobre a doença ocupacional chama a atenção. Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), realizada pelo IBGE, revelou que, em 2013, 3.568.095 trabalhadores disseram ter tido diagnóstico de LER/DORT. O instituto diz ainda que entre as doenças ocupacionais as LER são as mais frequentes nas estatísticas da Previdência Social.

OPINIÃO DO ESPECIALISTA

“O quadro de Lesões por Esforços Repetitivo/Distúrbios Osteo Musculares Relacionados ao Trabalho (LER/DORT). Que tem a dor como primeiro sinal, se caracteriza posturas inadequadas, movimentos repetitivos e sobrecarga física no ambiente de trabalho, pressão psicológica e estresse. Acometendo homens e mulheres em idade produtiva. Formigamento, dormência, certa insensibilidade ou fraqueza para segurar objetos também são sintomas”, explica o diretor-médico da RHMED|RHVIDA, dr. Geraldo Bachega. Especialista em medicina do trabalho, que complementa: “Também é importante que colaboradores fiquem atentos a sinais de evolução lenta e gradual. Como fadiga, inchaço de membros superiores e inferiores, rigidez dos músculos, impactos nos membros e desânimo”.

O médico reforça que prevenção e ambiente de trabalho que contemple qualidade de vida física e mental de colaboradores são os pontos-chave. “Ao primeiro sintoma, busque auxílio especializado, evitando a evolução clínica do quadro. Redução da necessidade do número de repetições, pausas e exercícios preparatórios e compensatórios. Adaptação do mobiliário e redução do quadro de estresse, entre outras, são medidas eficazes que devem ser incorporadas ao dia a dia do colaborador. Ajudando a prevenir o quadro de LER/DORT. Promover programas de estímulo à prática regular de atividades físicas e ingestão frequente de líquidos. Principalmente, água, também são ações fundamentais para a prevenção do cenário de LER/DORT. Além de ajudar diretamente na manutenção da saúde”, ressalta o diretor-médico da RHMED|RHVIDA, dr. Geraldo Bachega, especialista em medicina do trabalho.

Sobre a RHMED|RHVIDA 

Empresa pioneira na prestação de serviços de saúde e segurança. A RHMED|RHVIDA acumula 22 anos de experiência, com sedes no Rio de Janeiro e em São Paulo. Com atendimento em todos os estados do Brasil. A empresa apresenta ampla rede de prestadores credenciados, distribuídos por todas as regiões do Brasil. Sendo referência no suporte a corporações para que reduzam seus custos com saúde ocupacional e assistencial por meio da inteligência na gestão. Anunciou, em maio de 2018, acordo de compra da RHVIDA, já aprovada pelo Cade. Com a aquisição. A RHMED|RHVIDA se torna a maior empresa focada em medicina ocupacional do Brasil. Com 600 colaboradores e responsáveis pelo atendimento a mais de 2.500 empresas em todo o país.

Doenças Ocupacionais: quais são e como preveni-las?

As doenças ocupacionais – ou profissionais – são as complicações desencadeadas pelos exercícios do trabalhador em uma determinada função que esteja diretamente ligada à profissão. Elas são responsáveis pelo afastamento de milhares de trabalhadores de suas funções. Só em 2014, segundo o Ministério do Trabalho e Previdência Social registrou 251,5 mil afastamentos, todas por ordens médicas. A dorsalgia, popularmente conhecida como dor nas costas, é uma das doenças ocupacionais que mais afasta trabalhadores no Brasil. Só em 2016, 116 mil pessoas tiveram que se ausentar, no mínimo, por 15 dias por conta desse problema.

Atualmente, um profissional que desenvolve uma doença ocupacional tem, dentro da lei, os mesmos direitos do que os envolvidos em acidentes de trabalho. Trabalhadores e empresas devem ficar de olhos abertos para essa situação e saber como podem evitar esse tipo de doença. Sinais de desconforto físico ou mental podem ser indicio de alguma das doenças ocupacionais.

A maioria delas não é reconhecida pelas empresas, mas sim pela perícia médica do INSS, ou seja, são registros sem emissão da CAT, documento utilizado para reconhecer tanto um acidente de trabalho ou de trajeto, quanto as doenças ocupacionais. Ainda há uma dificuldade em reconhecer a ligação da doença com trabalho, diferentemente dos acidentes, onde a lesão fica evidente. O diagnóstico é mais subjetivo, pois é preciso ter a certeza que foi o exercício da função profissional a causa da doença ocupacional.

Aqui estão as principais doenças ocupacionais, suas causas e a melhor maneira de preveni-las:

Ler/Dort – Lesões por esforços repetitivo/Distúrbios Osteo musculares Relacionados ao Trabalho (tendinites, tenossinovites e lesões de ombro).

Principais causas:

– movimentos repetitivos

– posturas inadequadas

– pressão psicológica

Prevenção:

– adequação do mobiliário, redução da necessidade do número de repetições; pausas e exercícios preparatórios e compensatórios.

– definição de metas adequadas; boas relações interpessoais, clareza sobre o que é esperado de cada profissional.

– programas de incentivo à prática regular de atividades físicas e ingestão frequente de líquidos.

Dorsalgias (hérnias de disco, “problemas de coluna”)

Principais causas:

– movimentos repetitivos e força com uso do tronco

– levantamento e transportes de pesos

– posturas inadequadas

– Obesidade e sedentarismo (fatores não necessariamente ocupacionais, porém muito significativos)

Prevenção:

– adequação do mobiliário e equipamentos, fracionamento das cargas e do número de repetições (redução da velocidade de execução das tarefas).

– pausas e exercícios preparatórios e compensatórios.

– programas de incentivo à educação alimentar e à prática regular de atividades físicas.

Transtornos mentais (depressão/ansiedade/stress pós-traumático)

Principais causas:

– alta demanda, imprecisão quanto às expectativas

– metas inalcançáveis

– trabalho extremamente monótono

– percepção de trabalho “sem importância”

– violência no trabalho

– situações momentâneas e súbitas de alto nível de estresse

– testemunha constante de sofrimento humano de terceiros (profissionais de saúde, assistentes sociais)

Prevenção:

– definição de metas adequadas; boas relações interpessoais; melhora da comunicação, reconhecimento do valor do trabalho realizado.

– programas de prevenção da violência nas atividades com risco elevado de assaltos/envolvimento ou repressão de atos violentos.

– programa de apoio e acompanhamento de profissionais vítimas de violência no trabalho ou submetidos a situações de estresse agudo de alta intensidade.

– e de profissionais que lidam constantemente com o sofrimento humano de terceiros.

 

Transtornos das articulações

Principais causas:

– posturas inadequadas

– movimentos repetitivos associados a cargas (membros inferiores)

– obesidade e sedentarismo (fatores não necessariamente ocupacionais, porém muito significativos)

Prevenção:

– adequação do mobiliário, redução da necessidade de uso da força e do número de repetições; pausas e exercícios preparatórios e compensatórios.

– definição de metas adequadas; boas relações interpessoais, clareza sobre o que é esperado de cada um.

– programas de incentivo à prática regular de atividades físicas e ingestão frequente de líquidos.

 

Varizes nos membros inferiores

Principais causas:

– trabalho em pé ou sentado com pouca movimentação

– obesidade e sedentarismo (fatores não necessariamente ocupacionais, porém muito significativos)

Prevenção:

– análise ergonômica das tarefas para adequação do mobiliário e equipamentos, permitindo a alternância de posturas e mobilidade no posto de trabalho; exercícios preparatórios e compensatórios.

– programas de incentivo à educação alimentar e à prática regular de atividades físicas de intensidade moderada.

 

Transtornos auditivos (principalmente perda auditiva)

Principais causas:

– exposição a ruídos

– trabalho com produtos químicos, principalmente solventes (tinner, tolueno, xileno e similares)

Prevenção:

– proteção coletiva com isolamento das fontes de ruído (medida mais importante).

– uso de protetor auditivo (medida complementar – não deve ser a única proteção).

– ventilação exaustora e/ou isolamento dos processos com uso de solventes.

– uso de máscaras de proteção: protetores respiratórios específicos para produtos químicos (medida complementar: não deve ser a única proteção).

 

COMO PODEMOS AJUDAR

A RHMED é especialista em Saúde Ocupacional e Segurança no Trabalho e atua há mais de 20 anos no mercado. São quase 500 mil vidas atendidas por profissionais qualificados e dedicados aos clientes. Leia nossos outros artigos aqui!