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Desafio: A real inclusão de pessoas com deficiências nas empresas

Dados do último censo do IBGE mostram que cerca de 7% da população do país apresenta algum tipo de deficiência. Desses, segundo o Ministério do Trabalho, apenas 1% ocupa uma vaga no mercado de trabalho formal. Quando for lembrado o Dia Nacional do Deficiente Físico, em 11 de outubro. A grande discussão se dará também em torno de inclusão e acessibilidade no universo corporativo.

Para ampliar a participação de pessoas com deficiências, os profissionais da área de Recursos Humanos têm sido peças-chave. Servindo de elo entre o novo – e ainda crescente – contingente de profissionais e os gestores das organizações. O principal desafio é fazer com que a PcD encontre condições favoráveis no ambiente laboral, com espaço e mobiliário adaptados às suas necessidades, entre outras medidas elementares.

Com os seus clientes, a RHMED|RHVIDA tem feito um trabalho de esclarecimento não só quanto à legislação, mas em relação à responsabilidade social e à reputação da marca. Por  meio da capacitação, o papel do RH na inclusão tomará forma e as atividades poderão ser realizadas satisfatoriamente.

Os recrutadores precisam estar preparados para avaliar candidatos com deficiência, levando em consideração suas habilidades, personalidade, história e necessidades. O processo deve eliminar obstáculos e permitir que ele execute qualquer uma das etapas de sua função e se sinta à vontade também para dar sugestões e colaborar efetivamente do processo de inclusão.

O que é acessibilidade?

Resumidamente, consiste num conjunto de medidas que oferecem infraestrutura e boas condições de acesso, alcance, percepção e segurança a deficientes. Tem o intuito de garantir a esse público a possibilidade de se integrar plenamente ao mercado de trabalho e à sociedade.

Todo profissional tem o direito de exercer sua atividade com conforto, condições adequadas e total segurança. Os benefícios da acessibilidade às empresas são enormes, sendo necessário traçar detalhadamente estratégias e saber como desenvolvê-las.

Outro ponto a ser analisado é a própria contratação de PcDs. Quando se tem conhecimento e familiaridade com o assunto, fica mais fácil distinguir quais são as demandas do candidato à vaga e as suas necessidades específicas.

A empresa que investe em acessibilidade está consolidando o seu próprio futuro. Corporações que abraçam a diversidade criam ambientes internos saudáveis. Inclusivos, com equipes coesas e reflexos positivos na produtividade e na imagem interna e externa. Inspirando boas práticas também em distribuidores, parceiros e até na concorrência.

 

Lei de Cotas trouxe importantes avanços

Criada há 28 anos, a Lei de Cotas (nº 8.213) determina que a empresa que tiver cem funcionários ou mais é obrigada a preencher o seu quadro com 2% a 5% de PcD. A norma brasileira ABNT 9050, por sua vez, estabelece quais são os critérios e exigências para isso. É bom ter em mente que não adequar o ambiente de trabalho às pessoas com deficiência pode ainda ser interpretado como uma forma de discriminação ou indiferença.

Reunir diferentes perfis de funcionários é importante para que a força de trabalho das organizações reflita a diversidade da população. Para tal, a empresa deve planejar as adaptações, seguindo um cronograma viável e dentro de um orçamento justo. O ideal é que, mesmo gradualmente, as mudanças sejam feitas, que haja uma predisposição ao acolhimento.

Os funcionários podem ser chamados ao debate, gerando engajamento das equipes na questão da acessibilidade. Transformar a cultura organizacional é um processo estrutural, orgânico e contínuo. Para promover a diversidade e a inclusão nas empresas é necessário ter metas claras de planejamento que mobilizem todos: colaboradores, líderes diretos e gestores.