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Segurança no trabalho depende do fator humano

Apesar de a legislação de segurança e saúde no trabalho ser bastante rigorosa no Brasil. Os altos índices de acidentes ainda persistem em boa parte das empresas. A obrigatoriedade do uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) pelos colaboradores, a criação de comissões internas de prevenção, as brigadas de incêndio e a sinalização adequada são medidas que comprovadamente, reduzem os riscos e produzem uma atmosfera protetiva.

No entanto, a experiência nos mostra que não há apenas uma única causa de acidentes. Mas uma conjunção de fatores desencadeadores de problemas. E um dos mais importantes é o chamado fator humano, no qual as falhas se devem ao comportamento do próprio funcionário.

Você deve estar se perguntando: O que leva um trabalhador a negligenciar normas de segurança, pondo em risco sua própria integridade física e a de seus companheiros de trabalho? Na maioria dos casos, desinformação, excesso de confiança, pressa, cansaço e desatenção.

A raiz do problema pode ser arrancada, desde que haja engajamento de gestores, lideranças e equipes. Todos devem se sentir responsáveis pelo processo e compartilhar erros e acertos.

Reportar acidentes de trabalho é obrigação

Muitos gestores focam em fornecer EPIs, mas deixam de investir na instrução das pessoas. Numa preparação que resulte em comprometimento e comportamento seguro na corporação.

A consciência sobre os riscos e procedimentos para evitá-los precisa, obrigatoriamente, fazer parte da cultura da organização, integrar a rotina de cada um dos colaboradores em tempo integral.

Reduzir os índices de acidentes de trabalho é uma missão urgente das empresas, algo que não pode ser postergado, camuflado ou cujas consequências devam ser subestimadas. Acidentes de trabalho comprometem não somente o bem-estar dos trabalhadores, como a imagem da corporação, internamente e no mercado, e a própria produtividade.

Não raramente, alguns executivos com remuneração variável de acordo com metas e indicadores de segurança subnotificam acidentes de trabalho e doenças ocupacionais. Por vezes, deixam de emitir os Comunicados de Acidente de Trabalho (CAT) também como forma de evitar a elevação da alíquota do Seguro de Acidentes de Trabalho (SAT) a ser pago pela empresa.

Não reportar a ocorrência de acidentes – ou converter acidentes com afastamento em acidentes com trabalho restrito – não é, a longo prazo, uma boa prática de gestão. Pode ser até que resolva o problema naquele momento – mas é impossível esconder graves acidentes ou fatalidades. É importante, portanto, que o executivo faça uma reflexão se aquela situação cabe de fato colocar como trabalho restrito ou se vale caracterizar como acidente com afastamento e aprender todas as lições que o caso tiver para evitar fatalidades no futuro. É uma questão de consciência.

RHMED|RHVIDA ajuda a combater o “jeitinho”

Aos seus clientes, a RHMED|RHVIDA recomenda, primeiramente, agir com responsabilidade e dentro do rigor da lei. Pequenos incidentes não devem ser desprezados. Eles são sintoma de que algo está errado no esquema de segurança. Deixar de lado as evidências pode resultar em acidentes graves e até mortes.

A RHMED|RHVIDA recomenda a realização de treinamentos que evidenciem os riscos a que cada atividade está sujeita. É fundamental também educar os colaboradores sobre a importância do pensamento coletivo, mostrar dados e casos emblemáticos de acidentes provocados por negligência e seu alcance desastroso.

A organização precisa também conversar com os funcionários sobre a importância do uso correto de equipamentos de proteção. Deixar claro que o famoso “jeitinho” pode resultar em eventos trágicos – que, em grande parte, são evitáveis.

Como engajar os colaboradores na segurança da empresa

Cabe às empresas estabelecer expectativas sobre o comportamento dos funcionários; instaurar um processo eficaz de segurança no ambiente de trabalho; padronizar, instruir e monitorar as ações dos colaboradores; e criar forças-tarefa que atuem como multiplicadores de boas práticas. É igualmente aconselhável que gestores deem retorno constante dos resultados para aprimorar processos e mapear onde estão os pontos vulneráveis.

Não deixe de:

– Ouvir a equipe para saber quais as dúvidas e principais críticas.

– Oferecer todos os meios para que o colaborador se sinta seguro, desde a preparação (cursos, palestras, ações de marketing digital B2B, workshops, treinamentos etc.) até os equipamentos e condições adequadas do ambiente de trabalho (máquinas, aspectos ergométricos e EPIs).

– Fazer com que supervisores e líderes imediatos fiquem atentos às condições físicas de seus funcionários. Observar se eles têm habilidades para a função para a qual foram designados e se estão satisfeitos no setor. Desatenção, cansaço, mal-estar: tudo deve ser observado e avaliado.

– Autoestima e o comprometimento fazem parte do processo de segurança. O funcionário deve zelar por seu bem-estar, dos seus companheiros de trabalho e da empresa.

O bem-estar coletivo em primeiro lugar

Características individuais influenciam comportamentos de forma significativa e complexa. Os seus efeitos nas atividades podem ser negativos ou positivos. Cabe à empresa ficar permanentemente atenta ao comportamento de suas equipes e ajustes irregularidades.

Algumas características tendem a ser modificadas ou adaptadas, de acordo com a atividade exercida. Dos trabalhadores se espera que estejam aptos a realizar suas tarefas cotidianas de forma correta e segura. O importante é o espírito coletivo, que cada funcionário independentemente de seu perfil e habilidades, se sinta responsável pela segurança no ambiente de trabalho, como um todo.

Com os colaboradores engajados e atentos, haverá também o surgimento de novas ideias, de novos mecanismos ainda mais eficazes. Um esforço coletivo para fazer com que, cada vez mais, a organização reduza risco e se torne segura.

Prevenção assegura saúde no ambiente de trabalho

Prevenir é melhor do que remediar. Se alguém ainda nutria qualquer dúvida sobre a precisão desse ditado popular. Uma pesquisa encomendada pela Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial (SBPC/ML) evidencia. De forma reversa, a importância da prevenção de doenças mesmo antes da revelação de qualquer sintoma.

O estudo reúne dados que ajudam a entender como a mania nacional de postergar a visita ao médico pode ser nociva aos indivíduos e à sociedade. Segundo o levantamento, realizado entre os dias 28 de março e 7 de abril deste ano, 72% dos pacientes com males crônicos só descobriram o problema após o aparecimento de sintomas. Nesse grupo, 48% acreditam que a doença teria sido evitada com os exames prévios e 40% acham que avaliações complementares ajudariam de forma mais efetiva na prevenção.

Ainda de acordo com a pesquisa, 96% dos entrevistados consideram exames laboratoriais necessários e importantes na manutenção da saúde. Somente 17% dos pacientes dizem que os médicos solicitam mais exames do que o necessário. Metade dos doentes admite que buscar ajuda médica com antecedência poderia evitar a doença ou retardá-la. Pensam que os exames laboratoriais são úteis ou muito úteis para o tratamento 95%. Já 64% dos pacientes crônicos afirmam fazer controle da doença por meio de exames laboratoriais.

 Prevenção é investimento para empresas

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) estima que pacientes doentes custam sete vezes mais do que um paciente saudável na mesma faixa etária. Outro estudo, da Universidade Federal de São Carlos, indica que doenças que só possuem alterações laboratoriais, sem manifestar sintomas, têm alta chance de cura se detectadas com antecedência: 90%.

Já que está tão claro que a prevenção só traz benefícios a indivíduos e empregadores, por que, então, a resistência em tornar a prevenção uma rotina?

O aspecto cultural é muito forte. Boa parte das empresas ainda encara os investimentos em programas eficazes de saúde como gastos supérfluos. Na crise, são os primeiros a entrarem na lista de cortes orçamentários. Ainda não há a percepção de que o absenteísmo é muito mais danoso financeiramente à organização do que a prevenção.

Também falta a visão mais ampla de que uma equipe saudável – física e mentalmente – se torna ainda mais produtiva.

No caso dos colaboradores, há, como já citamos anteriormente, o velho hábito de adiar exames. “Não é urgente”, “semana que vem vejo isso”, “estou me sentindo bem” etc.

 RHMED|RHVIDA ajuda a disseminar cultura da prevenção

Por meio de seu Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO), a RHMED|RHVIDA orienta as empresas no desafio de levar a seus colaboradores informações sobre a importância da prevenção na manutenção do bem-estar. O primeiro passo é auditar e digitar 100% dos Atestados de Saúde Ocupacional (Asos) de forma que seja possível fazer gestão a partir dos resultados dos exames admissionais.

A RHMED|RHVIDA ajuda seus clientes a fazer gestão integral da saúde por meio de um corpo técnico com experiência diferenciada em segurança e saúde ocupacional: médicos do trabalho; equipe de enfermagem, especialistas e peritos; engenheiros e técnicos em segurança do trabalho; fonoaudiólogos; psicólogos; fisioterapeutas e assistentes sociais. Todos os serviços são customizados, atendendo às necessidades específicas de cada corporação.

São recomendadas campanhas de esclarecimento sobre saúde, com palestras e ações que favoreçam a circulação de informação segura e relevante. É importante que o colaborador chega engajado, se sinta parte do planejamento.

Saúde é fundamental para todos. Todos precisam fazer a sua parte, individualmente e no nosso ambiente de trabalho.

Vamos falar de imunização?

Os meses de abril e maio foram especialmente importantes para o calendário de vacinação no país, com campanhas contra sarampo e gripe. Referência mundial em imunização, o Brasil desceu alguns degraus em seu patamar de excelência. Pondo em risco não só a população infantil – principal público-alvo da maior parte das campanhas – como adultos e idosos. Segundo dados do Ministério da Saúde de 2018, houve uma queda média de 20% nos índices de vacinação.

Mas, afinal, o que está provocando esse retrocesso nos dados da saúde pública?

A resposta é simples: desinformação. Vivemos tempos de fake news, sem controle, levando medo à parte da população. Campanhas oficiais não conseguem contra-atacar com a mesma velocidade e eficácia, criando hiatos nos quais crescem teorias alarmantes e infundadas. Efeitos colaterais desastrosos e uma série de outras teses sem qualquer fundamento ganham peso nas redes sociais. Como efeito enfraque as campanhas institucionais de imunização pelo Brasil afora.

Empresas têm responsabilidade social

A RHMED|RHVIDA tem mostrado a seus clientes a importância de falar e promover a saúde no ambiente de trabalho. Defendemos que as organizações, independentemente do porte e do número de funcionários, discutam assuntos ligados ao tema com informação objetiva e transparente. É importante observar a área de atuação e priorizar quais vacinas são mais importantes para o corpo de funcionários.

Para as empresas, é imprescindível manter colaboradores bem informados sobre prevenção e formas de contágio de diferentes doenças. E a adesão às campanhas de vacinação é parte fundamental desse compromisso. Os benefícios são inestimáveis. No ambiente de trabalho, por exemplo, evita-se a gripe, uma das principais causas de afastamento do trabalho. Evita-se também que o vírus circule, contaminando outros funcionários e reduzindo a produtividade. No campo macro, presta-se um grande serviço à sociedade. Reduzindo contágio e proliferação do número de casos e, até mesmo, óbitos no Brasil. A gripe é de fácil disseminação em ambientes fechados e capaz de causar quadros extremamente graves. Sobretudo em pessoas de risco como gestantes, idosos e adultos portadores de doenças crônicas.

RHMED|RHVIDA defende esclarecimento permanente

Quando levamos informação correta e segura aos colaboradores estamos contribuindo para que, automaticamente, eles se transformem em multiplicadores dessas informações. Tanto no ambiente de trabalho quanto no seu círculo familiar e de amigos. É a melhor forma de combater fake news e colaborar para o crescimento dos índices de imunização. É uma forma também da empresa evidenciar que a saúde de seus funcionários é importante. Assim como ratificar seu compromisso com a responsabilidade social.

Além da informação, é importante que as organizações facilitem ao máximo o acesso de seus colaboradores à vacinação. Promovendo campanhas de imunização na própria corporação ou liberando horas da jornada de trabalho para possa comparecer a postos de vacinação. É importante também estar atento às necessidades de cada empresa, para priorizar a carteira de vacinação. Prevenindo assim doenças relacionadas diretamente às condições e ao ambiente de trabalho.

Imunização: Importante ficar atento à carteira de vacinação

O que é vacina?

A vacina desperta a chamada memória imunológica, que é a produção antecipada de anticorpos que reconhecerão o invasor e partirão para a defesa do organismo. A resposta rápida e eficaz à infecção previne diversas doenças, como gripe, sarampo, tuberculose, hepatite e rubéola. As vacinas são necessárias em diferentes fases da vida e é importante estar sempre atento às campanhas de imunização. Cuidar bem da carteira de vacinação também é importante.

Com a carteira de vacinação em dia

Para adultos com esquema completo de SCR, não há evidências que justifiquem uma terceira dose como rotina. Podendo ser considerada em situações de surto de caxumba e risco para a doença. Quem perdeu a caderneta e não lembra se já está imunizado pode, quase sempre, repetir a dose, sem riscos à saúde. De qualquer forma, o ideal é consultar previamente um médico ou fazer um exame de sangue para confirmar se há necessidade ou não de se vacinar.

Em relação à vacinação de profissionais lotados em serviços de saúde, deve-se considerar a vacina da coqueluche, especialmente indicada para profissionais da neonatologia, pediatria e os que lidam com pacientes pneumopatas; a vacina hepatite A está especialmente indicada para profissionais da lavanderia, da cozinha e manipuladores de alimentos; as vacinas meningocócicas ACWY e B estão indicadas para profissionais da saúde da bacteriologia e que trabalham em serviços de emergência, que viajam muito e exercem ajuda humanitária/situações de catástrofes; a vacina varicela está indicada para todos os suscetíveis.

Como funcionam as vacinas?

Hepatite B: São três doses. A segunda dose deve ser tomada um mês após a primeira e a terceira, seis meses após a segunda. É contraindicada para pessoas com baixa imunidade.

Tríplice viral (SRC): Protege contra sarampo, caxumba e rubéola. São duas doses na infância, em crianças acima de 1 ano de idade. Recomendável a vacinação de rotina contra o sarampo para todas as crianças a partir dos 12 meses. Na rede pública, a aplicação é dividida em duas doses: a primeira aos 12 meses, com a vacina tríplice viral (sarampo-caxumba-rubéola), e a segunda aos 15 meses, com a tetraviral (sarampo-caxumba-rubéola-varicela). Dos 5 até os 29 anos, são indicadas duas doses, com intervalo de 30 dias. Já dos 30 até os 49 anos, uma dose é suficiente.

Dupla adulto (dt): Protege contra difteria e tétano. Recomenda-se a imunização a cada dez anos, por toda a vida. Pacientes que apresentam febre ou infecção tetânica não podem tomar a vacina.

Febre amarela: Em casos de dose completa, a recomendação da Anvisa foi alterada em 2017, em que a proteção passa a ser permanente, com instrução da troca do certificado de vacinação internacional, com o novo critério. É indicada, prioritariamente, para quem reside ou vai viajar a lugares onde o risco da doença é alto. É contraindicada para as gestantes ou mulheres em fase de amamentação, pessoas com baixa imunidade ou que apresentem quadro infeccioso.

Gripe: As cepas de vírus são atualizadas anualmente e, para a perfeita e correta imunização, recomenda-se nova dose todos os anos, preferencialmente nos meses de abril a maio, para garantia de tempo mínimo de resposta imunológica antes do período de maior incidência da doença, inverno.

Gestão de riscos no combate às incertezas

A imprevisibilidade não combina com o mundo dos negócios. Ciente de que há sempre a chance de algo dar errado. É obrigação das empresas tomar todas as providências imagináveis para evitar acidentes e doenças no ambiente de trabalho. O gerenciamento de riscos corporativos (enterprise risk management, em inglês) é um escudo imperioso, capaz de assegurar tranquilidade aos colaboradores, preservar a reputação da empresa, sustentar a produtividade e, o mais importante, salvar vidas.

Investir em gestão de risco vai, portanto, muito além de única e simplesmente obedecer às Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho. É um compromisso com a ética e a transparência. Compromisso que começa dentro das organizações e se estende de forma emblemática a toda sociedade. E não são somente temas ligados a acidentes de trabalho e doenças laborais. Há também questões como danos morais, riscos financeiros e de ajuste de conduta.

O gerenciamento de risco lida basicamente com situações que podem trazer qualquer ameaça à integridade dos funcionários. À imagem da empresa e à sua própria estrutura física. Além de serem conduzidos por lideranças (diretoria, conselho de administração e chefes de equipes). Os problemas e as estratégias precisam ser identificados, entendidos, analisados, discutidos e adotados por todos os colaboradores.

Por meio de cuidadoso planejamento, que pode incluir palestras, workshops e simulações, entre outras ações. A gestão de risco deve se integrar naturalmente à cultura da empresa, de forma descomplicada e orgânica.

RHMED|RHVIDA orienta na gestão de riscos

A RHMED|RHVIDA tem mais de 1,1 milhão de vidas sob gestão, com expertise comprovada no atendimento de diversos graus de risco e capacidade de atender às operações mais complexas. Sabemos que o gerenciamento de riscos deve adotar medidas capazes de equilibrar a necessidade da prevenção e os custos para evitá-los. É um investimento estratégico, capaz de manter a saúde da empresa e assegurar que, mesmo diante de uma situação indesejável, os impactos negativos – internos e externos – sejam minimizados ou até mesmo anulados.

Sabemos ainda que riscos são condições ou circunstâncias futuras negativas que podem – e devem – ser evitadas. E ajudamos nossos clientes a diagnosticar. Primeiramente quais os pontos vulneráveis da empresa, qual a probabilidade e a frequência com que os problemas identificados acontecem e a melhor forma de solucioná-los com o menor peso no orçamento da organização. Tudo deve ser observado e qualquer falha na segurança, combatido.

Claro que há corporações com atividades de menor ou maior risco, que demandam investimentos de diferentes calibres. Mas é importante frisar que não existe uma empresa imune a situações inesperadas. Portanto, mapear a corporação auxilia a responder pronta e cirurgicamente a acidentes ou outros acontecimentos negativos. Não podemos trabalhar com qualquer margem para erros.

Como sempre, o engajamento dos funcionários é mais do que necessário. São eles, afinal, que estão diretamente nas linhas de produção, nos canteiros de obra, nas plataformas de óleo e gás, escritórios, nos shoppings, hospitais, escolas etc. Devem ser ouvidos em todo processo de planejamento. Mesmo depois, para atualização das estratégicas, à medida que novas necessidades e problemas forem surgindo. Trata-se de um trabalho contínuo, que exige observação permanente e atualização constante.

O compartilhamento de informações seguras é sempre bem-vindo e ajuda bastante em todo o esquema, inclusive na transmissão de fatos novos ou situações emergenciais.

Em resumo, como, em linhas gerais, evitar riscos?

Planejar: Traçar normas e estratégias que vão determinar o passo a passo da construção de um projeto de gestão de risco para a empresa.

Identificar e localizar o risco: Observar os pontos frágeis na estrutura da corporação e, setor a setor, verificar a probabilidade de que ocorreram problemas ou ainda verificar a frequência com que eles ocorrem. Conhecer as áreas vulneráveis ajuda a montar o planejamento.

Análise qualitativa: Enumerar e priorizar por grau de risco e intensidade do impacto.

Análise quantitativa: Criar gráficos com dados sobre os acontecimentos já registrados e os setores vulneráveis. É bom ter em mente o perfil de cada empresa e seu setor de atuação.

Respostas a incidentes: Dentro do planejamento, criar métodos, técnicas e estratégicas que permitam rápida reposta a qualquer incidente, sempre buscando mitigar qualquer impacto à empresa ou à comunidade.

Monitorar: Além do planejamento de respostas aos riscos, deve haver monitoramento dos residuais, identificação de novos e avaliação da eficácia dos processos.

Controlar: A tecnologia é aliada preciosa. Permite agilidade na percepção e na solução de problemas.

Transparência: Riscos nunca devem ser ignorados ou camuflados. Todos devem se engajar no processo. Precisam se sentir responsáveis pelo bem-estar geral e pela saúde da empresa. Cada colaborador deve se enxergar como um aliado e ter liberdade para questionar métodos e dar sugestões. Simulações e treinamentos periódicos das equipes muitas vezes são essenciais.

Comunicar e compartilhar: Informação útil e segura deve circular. Não apenas na empresa em questão, mas entre fornecedores, parceiros, familiares de colabores etc. Informação é aliada bem-vinda e pode ajudar a salvar vidas.

Segurança no trabalho é prática sustentável

Sustentabilidade é um conceito que ganhou força nas últimas duas décadas. E hoje integra a maior parte das cartilhas das empresas no Brasil, que procuram uma prática sustentável. Não há dúvida de que cuidar do meio ambiente é fundamental, uma forma de garantir o equilíbrio do ecossistema e a nossa sobrevivência no planeta. As primeiras coisas que nos vêm à cabeça ao ouvir a palavra são preservação dos rios, qualidade do ar, defesa das matas e da fauna, reciclagem de lixo, pesquisa de materiais biodegradáveis etc.

Mas, apesar do senso comum, o significado de sustentabilidade é ainda mais abrangente. Segundo definição do Relatório de Brundland, de 1987. Um dos primeiros a definir o termo em nível mundial: “Desenvolvimento sustentável é aquele que atende às necessidades das gerações atuais sem comprometer a capacidade das gerações futuras de atenderem às suas necessidades e aspirações”. Ou seja, é tudo aquilo que engloba o bem-estar dos seres humanos na sociedade.

E como falar de bem-estar sem incluir segurança no trabalho entre as prioridades?

Mais do que cuidar da Terra, precisamos primeiramente cuidar uns dos outros. A segurança do trabalho tem o objetivo de estabelecer na empresa uma cultura em que a promoção da saúde do trabalhador seja relevante e garantida. O desenvolvimento saudável das empresas depende da saúde física e mental dos colaboradores. E isso reflete direta e positivamente na sociedade.

RHMED|RHVIDA ajuda a enfrentar desafios

Alinhar a sustentabilidade e prática sustentável com a segurança do trabalho é um desafio para os gestores de empresas. Não basta apenas cumprir o que determina a lei em relação aos cuidados no ambiente de trabalho. Mas desenvolver boas práticas que minimizem ao máximo os riscos, que assegurem a prevenção de doenças laborais. Promover campanhas de prevenção de acidentes, incentivar boa alimentação e exercícios físicos e ainda oferecer acompanhamento psicológico, entre outros cuidados.

Ao investir na qualidade de vida da sua equipe, as empresas melhoram não apenas a produtividade e os resultados internos. Também a vida pessoal de cada colaborador, que se torna mais confiante e motivado, dentro e fora da corporação. Tudo isso ajuda a construir uma sociedade sustentável, capaz de gerar conscientemente seus próprios recursos e soluções para os problemas ocasionadas pelo crescimento econômico.

É importante mostrar ao funcionário que ele é responsável pelo seu próprio bem-estar e o de seu ambiente de trabalho. Ele precisa estar engajado na ideia de que multiplicar boas práticas vai ajudar a fazer a diferença e construir uma empresa e uma sociedade mais saudáveis e seguras. A sustentabilidade está em criar mecanismos em que todos saiam ganhando, todos fiquem felizes e plenos em suas atividades.

 A oportunidade de falar de responsabilidade social

Muito se fala de responsabilidade social e prática sustentável, mas será que todos têm a plena noção do que representa?  Preocupar-se com o planeta e as pessoas que nele vivem é, sem dúvida, a primeira delas. Além de cuidar da saúde e da segurança dos colaboradores, as empresas precisam também torná-los cidadãos compromissados com o ambiente de trabalho, familiar e social.

Incentivar boas práticas internas e externas. Como coleta seletiva de lixo, redução de emissão de poluentes, atividades de baixo impacto ambiental. A preservação de áreas verdes pode gerar pronta resposta nas equipes, que vão se sentir parte de um todo. Ouvir sugestões dos funcionários também cria um canal precioso de comunicação e confiança em que todos se sentem parte importante, agentes.

Novos tempos, produtivos e prósperos, se constroem com trabalho e ações em conjunto. Com segurança, saúde e responsabilidade para todos.

Brasil é o país com maior número de pessoas com ansiedade

A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que o Brasil é campeão em ansiedade e vive atualmente uma epidemia disto. De acordo com o estudo, são 8,6 milhões de brasileiros (9,3% da população) convivendo com a doença.

Também considerada um dos males do século, acomete mais as mulheres: cerca de 7,7% delas são ansiosas, o dobro do total de homens (3,6%)

Em comparação com a pesquisa divulgada em 2005, o último relatório da OMS descreve um aumento na frequência de transtornos depressivos e de ansiedade em todo o mundo. Apontando para o crescimento populacional e aumento da longevidade como fatores contribuintes para o quadro atual.

“É importante conhecer e estar atento a sintomas pouco relacionados à ansiedade. Sensação de fraqueza ou cansaço, respiração ofegante ou falta de ar, dor ou aperto no peito e aumento das batidas do coração, problemas para dormir e tensão muscular são sintomas desconhecidos de grande parte da população”, explica Amanda Santana, psicóloga da RHMED especializada saúde ocupacional.

“Há também os mais clássicos: irritabilidade, constante tensão ou nervosismo, problemas de concentração, descontrole sobre os pensamentos, dificuldade de esquecer o objeto de preocupação, além de tremores nas mãos ou em outras partes do corpo”, enfatiza a especialista.

Essas pesquisas são relevantes, pois servem de guia de ações dos governos para prática de prevenção e/ou tratamento.

Transtorno de ansiedade

O Ministério da Saúde ainda cita outros sinais do transtornos da ansiedade, tais como:

  • preocupações, tensões ou medos exagerados (a pessoa não consegue relaxar);
  • sensação contínua de que um desastre ou algo muito ruim vai acontecer;
  • preocupações exageradas com saúde, dinheiro, família ou trabalho;
  • medo extremo de algum objeto ou situação em particular;
  • medo exagerado de ser humilhado publicamente;
  • falta de controle sobre os pensamentos, imagens ou atitudes, que se repetem independentemente da vontade;
  • pavor depois de uma situação muito difícil.

 

FONTE: CATRACA LIVRE

Síndrome de Burnout será incluída na Lista Internacional de Doenças

“Quem nunca se estressou no trabalho? Frases como: ‘estou estressado com o trabalho’ ou ‘não aguento mais o meu trabalho’ podem ser ditas diante de momentos difíceis. Porém, é preciso ficar atento até que ponto esse tipo de frase é só um desabafo. Em 1970, um psicanalista alemão denominou o estresse crônico no trabalho como”(…) um estado de esgotamento físico e mental cuja causa está intimamente ligada à vida profissional”.

Atualmente, a Síndrome de Burnout é definida como um distúrbio psíquico caracterizado pelo estado de tensão emocional e estresse, provocados por condições de trabalho desgastantes.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) define o conceito de saúde como “um completo estado de bem-estar físico, mental e social e não somente a ausência de doenças e enfermidades”. Desta forma, percebemos que este conceito engloba uma visão muito mais ampla a respeito do estado de saúde plena, tendo significado coletivo e não somente individual. A manutenção da higiene mental é necessária para todos.

Manter um equilíbrio mental pleno requer uma boa adaptação às exigências do meio e um ajustamento do indivíduo dentro da comunidade em que ele está inserido. Com o passar dos anos, ocorre excessiva demanda de atenção, produção e participação, que, muitas vezes, as pessoas não têm capacidade de corresponder. O indivíduo é cobrado para produzir e render mais no trabalho, por meio do aumento da carga horária e horas extras, exigindo maior concentração e desempenho mental, consequentemente, abdicando do tempo de lazer e de relacionamento com familiares e vida social.

Sua principal característica é o estado de tensão emocional e estresse crônicos provocados por condições de trabalho físicas, emocionais e psicológicas desgastantes. A síndrome se manifesta, especialmente, em pessoas cuja profissão exige envolvimento interpessoal direto e intenso.

Para identificar o distúrbio, é preciso avaliar alguns sintomas psíquicos, como agressividade, ausência no trabalho, isolamento, mudanças de humor, dificuldades de concentração, ansiedade, depressão, baixa autoestima entre outros; e alguns sintomas físicos, como sudorese, palpitação, pressão alta, enxaqueca, cansaço, dores musculares, entre outros, podem estar associados à síndrome. O início dos sintomas pode se dar pelo acúmulo de tarefas, responsabilidades, exigências e pressões sofridas pela alta demanda de trabalho. Há três componentes principais: esgotamento físico e mental, sensação de impotência e falta de expectativas.

Os profissionais mais acometidos pela doença são áreas da educação, saúde e segurança pública. A mulher é a que mais sofre com a sobrecarga da dupla jornada de ter um emprego e cuidar da casa e da família, cenário que pode levar à Síndrome de Burnout. Como formas de prevenir, lidar e combater a síndrome, é recomendável a prática de esportes, meditação, sono adequado e acompanhamento psiquiátrico.

O diagnóstico é realizado por profissional de saúde mental, seja ele psicólogo ou psiquiatra. A partir dos sintomas apresentados, história pessoal e contextualização do momento atual, o profissional realiza o diagnóstico. Com relação ao tratamento, em muitos casos, será necessária a associação de medicação e psicoterapia.

PROFISSIONAL DA RHMED|RHVIDA

Estudos apontam que a Síndrome de Burnout vem aumentando progressivamente e o aconselhável é que as organizações proporcionem uma melhor qualidade nos ambientes de trabalho, qualificando seus funcionários para exercer uma boa liderança.

“O objetivo é que tenham a sensibilidade de enxergar as pessoas que apresentam algum desconforto diante de suas atividades e encaminhar para ajuda profissional, antes que se torne um grave distúrbio”, finaliza Amanda Santana, psicóloga da RHMED|RHVIDA, líder em saúde, segurança do trabalho e saúde ocupacional.

 

FONTE: SRzd

OIT aponta para seriedade de condições do trabalhador

De acordo com a Organização Internacional do Trabalho (OIT), morrem cerca de 2,3 milhões de pessoas em acidentes de trabalho. Dos quais mais de 2,02 milhões causados diretamente pelas atividades realizadas sem proteção adequada ou de forma indevida. Além de doenças relacionadas às funções dos trabalhadores. As estatísticas globais, portanto, dão conta de que: a cada cinco minutos, 20 trabalhadores morrem. O número de feridos chega a 300 milhões todos os anos.

Em termos financeiros, a estimativa é de que os acidentes de trabalho correspondem a 4% do PIB mundial. Em termos de dias perdidos, gastos com saúde, pensões, reabilitação e reintegração. E especialistas frisam que os cálculos sobre mortos e feridos não chegam perto de representar a magnitude do problema. Nem o impacto real na vida das famílias dos trabalhadores e nas economias dos países.

O mesmo levantamento aponta que a prudência e o cuidado com o bem-estar dos colaboradores em ambiente corporativo ainda são os principais aliados na redução de sinistralidades. A pergunta que fica então é: o que falta para que as empresas comecem a agir?

OIT mostra os dados do Brasil

O Brasil ocupa hoje o quarto lugar mundial no ranking de acidentes e doenças do trabalho em todo o mundo. Segundo os dados da OIT. Cerca de 1,3 milhão de casos de acidentes com brasileiros têm como principais causas o descumprimento de normas básicas de proteção e más condições nos ambientes e processos de trabalho. Perdendo apenas para China (14.924), Estados Unidos (5.764) e Rússia (3.090) em número de mortes anuais: por aqui a média é de 2.503 óbitos.

Por que então, as empresas não aplicam mais esforços no estancamento dessa ferida?

Especialistas da área de SST (Saúde e Segurança do Trabalho) acreditam que obter dados confiáveis facilita a determinação de prioridades. E serve de base para calcular o progresso no setor. E a redução do número acidentes de trabalho está estritamente ligada a políticas de prevenção e que abrangem também as condições de trabalho.

RHMED|RHVIDA ajuda a estruturar procedimentos de segurança

A RHMED|RHVIDA vem ajudando empresas brasileiras não apenas a estruturar o quadro de saúde e segurança de seus funcionários, como a estabelecer procedimentos a partir da conscientização sobre a importância em investir na prevenção.

Ao aplicar capital na área de SST ganham todos: trabalhador e sua família, empregador e empresa, governo e sociedade com um todo. Com o retorno de um empregado saudável e rentável. O investimento é fundamental para prevenir acidentes, adoecimentos, ausências e presenças no ambiente de trabalho. E é fundamental para evitar uma série de outros prejuízos.  Além dos impactos diretos sobre o trabalhador. Há despesas como multas e interdições parciais ou totais da empresa, que podem ser evitadas.

Os cálculos feitos pelo setor apontam. Para cada real investido em prevenção de acidentes e promoção da saúde do trabalhador, há um retorno de aproximadamente três reais, demonstrando, assim, que a ações de prevenção agregam ao negócio.

Para mudar o quadro negativo da área, é necessário, portanto que se mude a mentalidade em relação aos investimentos em segurança e saúde do trabalhar. O dinheiro aplicado neste setor não deve mais ser visto como gastos, mas como investimento.

Cultura de prevenção faz a diferença na saúde de uma empresa

Cultura de prevenção faz a diferença na saúde das empresas. Não são apenas planilhas, balanços e projeções de investimento que traduzem fielmente a vitalidade de uma empresa. A busca por bem-estar deve figurar também entre as pautas prioritárias de toda organização. É inimaginável no atual contexto das corporações – sejam de pequeno, médio ou grande porte – focar no crescimento sem proteger os colaboradores dos riscos laborais e acidentes. No século XXI, não cabe mais associar trabalho a sofrimento. Numa organização sã, trabalho pressupõe qualidade de vida, satisfação profissional e, por extensão, pessoal.

Mas o que fazer para manter os funcionários motivados, sem cobranças, excesso de tarefas e estresse? É possível implantar novas práticas em empresas de todos os setores de atividades?

A resposta é sim. A tarefa da RHMED|RHVIDA tem sido exatamente diagnosticar os pontos críticos das empresas, planejar procedimentos adequados ao perfil de cada departamento e perceber as necessidades das equipes, oferecendo as soluções customizadas para os problemas observados. Em contrapartida, cada colaborador deve ter a percepção clara de que faz parte de um organismo e que suas dificuldades afetam o todo.

Rotina de trabalho com saúde e segurança

O brasileiro trabalha, em média, nove horas por dia. Passa, portanto, a maior parte do tempo que está acordado dentro do ambiente trabalho. O país figura entre os 52 países cujas jornadas chegam a 44 horas semanais. Segundo estudo da OMS de 2018, oferecer locais mais seguros e saudáveis aos trabalhadores pode prevenir algo em torno de 1,2 milhão de mortes por ano em todo mundo.

Cada profissão envolve uma escala de riscos à saúde. A partir da avaliação desse grau, serão adotadas medidas de proteção e prevenção de acidentes e doenças. Profissões que exigem muito esforço físico ou mesmo aquelas de alta exigência cognitiva são mais propícias a problemas físicos e mentais ocasionados pela rotina laboral. Já trabalhar com computadores promove tensão muscular, que usualmente afeta pescoço, ombros, dorso e membros superiores e inferiores, que resultam nas temidas LERs. Entre os grandes responsáveis pelos problemas posturais estão também os dispositivos portáteis, como notebooks, tablets e smartphones.

Não é de hoje que o absenteísmo preocupa empresa de todos os segmentos. Os motivos para as faltas são variados, mas a essência da questão é organizacional e exige o quanto antes uma mudança profunda na cultura das empresas.

 RHMED|RHVIDA: Bem-estar é prioridade

A empresa deve não só cuidar, como monitorar a saúde de seus colaboradores. Orientamos nossos clientes a manter a frequência dos exames médicos periódicos para prevenir problemas de forma eficaz.

É recomendável também desenvolver atividades culturais, ginástica laboral, esportes e dar atenção psicológica aos trabalhadores. Vale oferecer e estimular ainda alimentação saudável e atividades físicas regulares. As empresas podem, por exemplo,  realizar campeonatos esportivos – capazes de engajar também as famílias e até mesmo parceiros e fornecedores da corporação – de forma a ampliar o alcance das práticas saudáveis. Outra medida recomendável é a criação de bicicletários, incentivando os funcionários a pedalar até o trabalho diariamente.

 Colaborador também é responsável

No momento em que o funcionário chega ao ambiente de trabalho, o pensamento coletivo deve prevalecer. Detalhes podem fazer a diferença no bem-estar geral. Lavar as mãos e utilizar álcool em gel sempre que chegar da rua e manter as estações de trabalho limpas e organizadas são exemplos que podem parecer irrelevantes, mas fazem grande diferença no respeito e bem-estar entre os membros da equipe e também em relação à organização.

O colaborador também pode – e deve – encaminhar sugestões aos seus superiores diretos, indicando maneiras de aprimorar as práticas saudáveis. Recomendamos sempre fazer pausas no trabalho e a ingestão de líquidos. Ser amistoso, receptivo e prestativo com os colegas, acreditem, também faz muito bem à saúde.

Enfim, tudo é bem mais simples do que costumamos imaginar. A ideia é que todos se sintam responsáveis e façam a sua parte. Afinal, não há transformação sem força de vontade e união de esforços. É isso que forma uma equipe – saudável.

Investimentos responsáveis e empresas saudáveis

Investimentos responsáveis e empresas saudáveis. Pense num mundo seguro e feliz. Consegue imaginar que ele seja viável em meio a práticas nocivas ao meio ambiente e ao desprezo pelo bem-estar social? Impossível. Toda ação provoca uma reação, é uma inquestionável lei da física. Então, por que não mudar as ações em busca de resultados mais positivos para todos?

Se as ações das empresas não comprometidas com práticas sustentáveis e o consumo desenfreado têm sido danosos à nossa relação com o planeta. Uma das soluções está em mudar o foco e mobilizar o máximo de capital para impactar positivamente na sociedade.

É o que a SITAWI Finanças do Bem acredita – e pratica – há 11 anos. A organização abriu duas linhas de atuação em dois extremos do capital: filantrópico e financeiro. Suas primeiras operações eram feitas exclusivamente com capital próprio, mas, recentemente, o formato coletivo foi adicionado para ampliar as possibilidades.

Sem fins lucrativos, a organização projeta “Um mundo onde o capital é mais barato, abundante e paciente para organizações e negócios que geram impacto socioambiental positivo”.

Na área filantrópica. O objetivo da SITAWI é fazer com que o capital que já seria usado para fazer o bem ganhe em eficiência e efetividade. Gerando ainda mais retorno positivo. No outro espectro, no sistema financeiro, o grande desafio é fazer com que os efeitos positivos dos investimentos suplantem os negativos.

Gustavo Pimentel, diretor da SITAWI, eleito o melhor Analista Socioambiental para investidores na pesquisa global Extel IRRI 2015, concedeu uma entrevista para ao Diálogo sobre Saúde e Segurança da RHMED|RHVIDA para falar sobre a organização, seu propósito, sua atuação e a forma como lida com os temas saúde e segurança.

 Como a SITAWI lida com o tema saúde e segurança no trabalho?

Gustavo Pimentel: Dentre várias coisas, operamos um fundo de impacto. Destinamos menos dinheiro a práticas que resultam em desmatamento e poluição. E mais recursos para medidas sustentáveis de geração de energia limpa. Para o sistema de saúde, educação básica, saneamento e agricultura de baixo carbono etc.

Saúde, segurança, meio ambiente, resíduos, recursos naturais, relações com a sociedade, com a comunidade… Olhamos a cadeia de valor como um todo e os impactos que podem ser gerados para o funcionário, para a comunidade, fornecedores, clientes e para a sociedade como um todo.

Queremos fazer com que as empresas que nos acompanham percebam. Antes de praticar o bem fora de casa, precisam zelar pela saúde de seus funcionários internamente. Além de saúde e segurança, temos nos concentrado também em aspectos como segurança cibernética, diversidade na força de trabalho, inclusão de gênero, paridade salarial entre homens e mulheres, entre outros que também consideramos fundamentais.

O que pode ser feito para aumentar o nível de consciência do mercado com relação a saúde e segurança?

Gustavo Pimentel: Nós trabalhamos com investidores, bancos financiadores, fundos de pensão… enfim, todos que mobilizam o capital. Procuramos fazer com que eles entendam a relevância de todas essas questões e as insiram no seu processo e eventualmente até no seu próprio produto financeiro, condicionando financiamento a uma gestão responsável.

 Tragédias como o rompimento da barragem de Brumadinho tendem a aumentar a segurança das empresas ou apenas geram uma mobilização momentânea?

Gustavo Pimentel: Quando os incidentes impactam vidas humanas, a resposta é sempre mais forte. As árvores não falam, nem os peixes e precisam, portanto, de defensores humanos. Por isso a importância das ONGs que defendem direitos difusos, aqueles que não podem se defender.

Depois de Brumadinho, vejo um movimento global de aumento da atenção com relação à segurança. Investidores estão muito ativos em cobrar segurança das empresas de mineração. Acadêmicos e especialistas estão dedicados a revisitar os padrões globais de segurança.

Acompanho há 15 anos os movimentos do mercado. Reconheço que nós nos movemos em ondas que são geradas por acidentes de grande porte em alguma indústria. Vi uma mobilização muito grande no setor têxtil, que muitas vezes opera em condições subumanas, depois de um acidente terrível que aconteceu num galpão gigantesco em Bangladesh, cujo teto desabou em função de um incêndio, causando a morte de milhares de trabalhadores. O positivo é que, mesmo de forma reativa, os padrões de segurança são elevados após cada grande acidente.

 A crise reduziu os investimentos em saúde e segurança?

Gustavo Pimentel: Notamos que houve uma deterioração dos cuidados e das práticas de saúde e segurança de organizações em diferentes setores da economia. Isso se deve em parte à crise, que provocou uma série de cortes de custos drásticos. Em condições adversas, os próprios funcionários se tornam mais relapsos em relação à própria saúde e a dos colegas no ambiente de trabalho. Com equipes reduzidas, eles aumentam carga horária e abrem mão de seus direitos para não serem demitidos. Funcionários cansados ficam doentes com mais frequência, se acidentam e produzem menos.

Mais uma vez, as empresas correm o risco de dar um tiro no pé. Pensando que fazem economia, acabam pondo em risco a segurança de seus colaboradores, sua reputação no mercado e criando uma situação que pode, mesmo em termos de custos, se mostrar bem mais adversa.

 O que precisa mudar para nos tornarmos um país em que saúde e segurança estejam em primeiro plano?

Gustavo Pimentel: O Brasil possui até leis e regulamentações de saúde e segurança ocupacional relativamente avançadas. A questão é a aplicação, a fiscalização e os incentivos para que as regras sejam efetivamente cumpridas.

O governo federal se elegeu prometendo flexibilizar regras e incentivar a atividade empresarial. Como política pública, é importante encontrar um ponto de equilíbrio entre os extremos de não ter qualquer tipo de regulação – o que vai gerar negócios mas criar um nível de risco altíssimo – e regular demais, tornando as operações inviáveis. A regulação excessiva produz um outro efeito negativo que é o desnivelamento do ambiente de negócio entre os que burlam e os que respeitam as regras. É preciso gerar incentivos econômicos para quem tem boas práticas; o modelo de “comando e controle” já se provou insuficiente. Mas também lançar mão apenas de incentivos econômicos não será a solução. O caminho é o equilíbrio entre os dois. É preciso punir pelo negativo e compensar pelo positivo. Não dá para negociar com o futuro. Ele virá da forma que o construirmos. Ponto!